A natureza da carne é bem mais complexa do que a do espírito
A natureza da carne é bem mais complexa do que a do espírito. A do espírito ainda está por desbravar, pela ausência do código, coisa que o músculo adquiriu há milénios. Isto a perceber pela tendência de ser o corpo a fonte de toda a alimentação espiritual. Mais exactamente, a manipulação final.
Lá, Lá.
O homem treme e o espírito esbraceja a sua
exacta noção de ser a causa única do efeito tremer.
Porque o desprezo não é bem consentido pelo belo
mastodonte que ergue as presas como se estes fossem braços
que acariciam mulheres em noites de verão pálido.
E o músculo é envergonhadamente ocultado pelo suprema redenção que
representa a existência do espírito no ser humano em geral,
demonstrada por alguns de entre todos.
Deveras?
Encolho os ombros porque não sei esbracejar
o suficiente para manifestar a minha ira
pelo calabouço da suave exactidão do momento.
Olho-me membros em distorção com o teu escalpe a encimar
a coroa muscular que envolve o meu sexo,
os braços metálicos que se alongam pelo som afora
e o o Pê-chênte que se entala nas entranhas e de lá
se pode observar o fim do tempo, a masto-luz.
Tudo teu.
Apropriado pela falha que teima em sangrar limpidez.
Labaredas que se afogam para dar vida
à terra que sente demasiado a sua lenta secura.
Numismática.
Olhos polares.
Frenesins.
Bórgia Ginz