A antropofagia humana como condensação única, por Juca Pimentel
A antropofagia humana como condensação única
Fusis quebrados. O homem tende a ser encaminhado pelo outro. Um lado a lado com a miséria do outro. A inversão do erro não se dá. O espírito da discussão crítica das sonoridades interiores não se dá. A transmissão acontece na periferia do nojo. Roupa suja. Mental. Variações sem sentido do amor-próprio que mata o único condensamento possível: a irrealização atómica, supra-sonho, e além túmulo. Queimaduras? Nem por isso. Colocações senis e aprofundamentos ligeiros. No assombramento da consciência única que tornada Kitsh se manda “daqui” para “mim”. Anulamentos nada subtis. Periferias da zona. Um comércio das sensações básicas. Contratatempos fracos. Misérias condensadas.
Burning Inside é uma música de Ministry.
Andamentos na lógica. E sem ela. Um arremesso inconcreto. A aranha hiperbárica confunde-se com a sombra do que é, e do que nunca poderá vir a ser. Aquilo que nunca foi desejado. Mas que não deixa de ser a única coisa possível para o homem. A miséria da condensação. Da única possível. Da miserável.
A expulsão dos segredos é moradia.
Femme Fatale é uma música de Velvet Underground.
LSN
Juca Pimentel