Poesia do Nul
Poesia do Nul
Poentes caídos na lama
e ventos futuros em rama:
tudo isso congemina a minha
alma de desaguçado e em frente morte.
Num embalo tétrico quanto sublime porque deixa rasto.
Olhos na noite como quem mata: um punhal na noite.
Para lá do Sol quente afigura-se o desprezo,
o raiar de uma nova era,
aquela que queima.
Punhais na noite como quem tem fome.
Aguçados sem ponta, o caralho!
Juca Pimentel