RTP – JAE
-
play_circle_filled
01. Sed the mecanismus
RTP,Ian Linter -
play_circle_filled
02. Romer
RTP,Ian Linter -
play_circle_filled
03. Col
RTP,Ian Linter -
play_circle_filled
04. Terrmin
RTP,Ian Linter -
play_circle_filled
05. Cunt in heaven
RTP,Ian Linter -
play_circle_filled
06. Eser de circustance
RTP,Ian Linter -
play_circle_filled
07. L´Hommage
RTP,Ian Linter
Ian Linter:2001:pG.
JAE é a destilação sonora do ambiente político, cultural e social do Portugal ano 2001. Uma visceral e tremenda merda consentida. Os sonos perdidos e as mortes amealhadas pelo fúnebre. Um tormento que se quer bem longo, para logo se poder escancarar a mandíbula em forma de torpedo. As injúrias de um labirinto de animalidade suicida, que os adventos não são de explicar quando falamos do homem-pária, do homem-merda. O espaço consentido para morrer pelo desprezo da inacção. Cosmos do desprezo assumido. Longos dias a penar misericórdias sem sentido, a extinguir assombros de ruína. Os ventos paralelos que indicam a explicação do nauseabundo. Laços a colmatar tiros. Lanças na penúria. Podemos assumir um golpear de baixo ventre, de baixo-homem, de aranha hiperbárica. As nostalgias de um eterno tombar sobre a imundície do sentir. O desmembramento fértil da incoerência e da merda coabitada pelos mentecaptos industriais. Tudo isto congemina o infértil da precaridade e de trombas padecido. Junção da miséria com o saloio da inundação. Fogo para ele. A fogueira para ele. Deitemos-lhe enxofre para que dançe bem. O planeta escolhe os seus carrascos tão bem como escolhe os escravos: eis pois vós aqui assumidos. Arre! Que o mundo tenha piedade!